A fabricante aeroespacial americana Pratt & Whitney (de propriedade da RTX Corporation) desenvolveu e lançou uma nova solução de manufatura aditiva para o reparo de componentes críticos do motor GTF. A tecnologia de reparo de última geração baseia-se em Deposição de Energia Direcionada (DED) e espera-se que reduza o tempo de reparo em mais de 60%.
O motor GTF da Pratt & Whitney é um sistema de propulsão por engrenagens considerado o “mais silencioso e econômico de sua classe”. O motor, projetado para maior sustentabilidade, equipa diversos aviões de corredor único, incluindo a Família Airbus A320neo, o Airbus A220 e os E-Jets E2 da Embraer. Levando em conta a eficiência desse motor, é compreensível que a Pratt & Whitney também esteja interessada em tornar seus processos de reparo mais eficientes.
O processo de reparo DED foi desenvolvido no Acelerador de Tecnologia Norte-Americano da empresa aeroespacial em Jupiter, Flórida, em colaboração com o Centro de Tecnologia Avançada de Connecticut e o Centro de Pesquisa RTX. A abordagem de manufatura aditiva apresenta diversos benefícios, incluindo a otimização do processo de reparo, eliminando etapas de ferramental, minimizando as trocas de máquinas e reduzindo os ciclos de tratamento térmico. O processo será usado inicialmente para reparar características estruturais da caixa do GTF, mas também será implementado para restaurar outros componentes do motor que sofrem com o desgaste normal.
“Um processo de reparo aditivo mais ágil nos permite atender melhor nossos clientes, melhorando o tempo de resposta e, ao mesmo tempo, reduzindo os custos com ferramentas, a complexidade e a configuração”, comentou Kevin Kirkpatrick, vice-presidente de Operações de Pós-Venda da Pratt & Whitney. “Ao mesmo tempo, reduz nossa dependência das atuais restrições de fornecimento de material. A tecnologia aditiva tem o potencial de auxiliar em uma variedade de reparos críticos de peças GTF e estamos trabalhando ativamente para explorar novas oportunidades de implementação.”
A tecnologia DED está sendo industrializada e a Pratt & Whitney planeja introduzir o processo em toda a sua rede global de GTF MRO — que abrange 20 unidades em quatro continentes. A integração desse processo de reparo baseado em aditivos permitirá à empresa recuperar US$ 100 milhões em peças nos próximos cinco anos.
Vale ressaltar que esta não é a primeira vez que a Pratt & Whitney utiliza a manufatura aditiva (MA) para aplicações de MRO: em 2020, a empresa (em parceria com a ST Engineering de Singapura) imprimiu em 3D um componente do sistema de combustível em um de seus modelos de motor, com o objetivo de estabelecer um fluxo de trabalho mais ágil para o mercado de reposição. Mais recentemente, a empresa aeroespacial recebeu um contrato de US$ 1,5 bilhão para manter os motores F-119 dos caças F-22 da Força Aérea dos EUA, utilizando manufatura aditiva. Para saber mais sobre a companhia acesse o site.
